"Taxa de governismo" de senadores tucanos, como Álvaro Dias e Aécio Neves, é de 74% e 80%.
No Senado, até ícones da oposição votam com o PlanaltoO Estado de S.Paulo, 18/11/2012.
A "taxa de governismo" de senadores tucanos, como Álvaro Dias e Aécio Neves, é de 74% e 80%.
No Senado, a presidente Dilma Rousseff nunca esteve tão bem. A taxa média de apoio ao seu governo na Casa subiu de 77% no ano passado para 89% neste ano. O Basômetro mostra que 52 dos 81 senadores votaram 90% das vezes ou mais seguindo a orientação do líder de Dilma. O governo não perde uma votação lá desde 2011.
Um dos ícones da oposição, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), votou 74% das vezes em consonância com a vontade presidencial. Mais forte nome tucano à sucessão de Dilma em 2014, Aécio Neves (MG) votou 24 vezes a favor do governo e apenas 6 contra, o que dá 80% de taxa de governismo. Os parâmetros são completamente diferentes dos da Câmara.
A taxa média de governismo dos dois principais partidos de oposição, o PSDB e o DEM, é de 74% em 2012 no Senado. Têm exatamente a mesma taxa do PSD na Câmara - com a diferença de que o partido de Gilberto Kassab se diz integrante da base. Como não consegue entregar votos, ele empenhou apoio a Dilma na sucessão de 2014.
Moleza no Senado e problemas na Câmara são o oposto do que aconteceu com o antecessor de Dilma. Os senadores foram a pedra no sapato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Talvez por isso, diz o professor de Ciência Política Humberto Dantas (USP), Lula tenha se empenhado em derrotar seus algozes na eleição para senador em 2010. Dilma estaria colhendo os frutos da vingança de seu antecessor, que atrapalhou a reeleição, no Senado, de oposicionistas como Tasso Jereissati, Marco Maciel e Artur Virgílio. "Quando um presidente pediu tanto voto para senador e conseguiu deixar tantos adversários de fora?", pergunta Dantas.
A tranquilidade aparente de Dilma no Senado ao longo de 2012 não vem só da falta de apetite de DEM, PSDB e PSOL para votar contra sua orientação. Há também a alta fidelidade da base: 98% de apoio dos senadores do PSD, 97% do PP, 96% do PSB e do PT, 95% do PTB, 92% do PMDB.
"Os senadores não são tão sujeitos a pressões da base e dos prefeitos como os deputados", compara o pesquisador Marco Antonio Teixeira (FGV-SP). E a sucessão da presidência do Senado, em 2013, parece estar mais bem encaminhada do que a da Câmara, o que diminui as arestas com o governo, lembra o professor Carlos Melo, do Insper.
Além disso, a pauta de votação gerou menos confrontos que a da Câmara. Em apenas 7 das 31 votações nominais a bancada do PSDB, por exemplo, votou majoritariamente contra a orientação do governo, como na Lei da Copa ou na redução do Pasep e Cofins.
Para seguir o blog e receber postagens atualizadas, use a opção "seguir", ao lado.
No Senado, até ícones da oposição votam com o PlanaltoO Estado de S.Paulo, 18/11/2012.
A "taxa de governismo" de senadores tucanos, como Álvaro Dias e Aécio Neves, é de 74% e 80%.
No Senado, a presidente Dilma Rousseff nunca esteve tão bem. A taxa média de apoio ao seu governo na Casa subiu de 77% no ano passado para 89% neste ano. O Basômetro mostra que 52 dos 81 senadores votaram 90% das vezes ou mais seguindo a orientação do líder de Dilma. O governo não perde uma votação lá desde 2011.
Um dos ícones da oposição, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), votou 74% das vezes em consonância com a vontade presidencial. Mais forte nome tucano à sucessão de Dilma em 2014, Aécio Neves (MG) votou 24 vezes a favor do governo e apenas 6 contra, o que dá 80% de taxa de governismo. Os parâmetros são completamente diferentes dos da Câmara.
A taxa média de governismo dos dois principais partidos de oposição, o PSDB e o DEM, é de 74% em 2012 no Senado. Têm exatamente a mesma taxa do PSD na Câmara - com a diferença de que o partido de Gilberto Kassab se diz integrante da base. Como não consegue entregar votos, ele empenhou apoio a Dilma na sucessão de 2014.
Moleza no Senado e problemas na Câmara são o oposto do que aconteceu com o antecessor de Dilma. Os senadores foram a pedra no sapato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Talvez por isso, diz o professor de Ciência Política Humberto Dantas (USP), Lula tenha se empenhado em derrotar seus algozes na eleição para senador em 2010. Dilma estaria colhendo os frutos da vingança de seu antecessor, que atrapalhou a reeleição, no Senado, de oposicionistas como Tasso Jereissati, Marco Maciel e Artur Virgílio. "Quando um presidente pediu tanto voto para senador e conseguiu deixar tantos adversários de fora?", pergunta Dantas.
A tranquilidade aparente de Dilma no Senado ao longo de 2012 não vem só da falta de apetite de DEM, PSDB e PSOL para votar contra sua orientação. Há também a alta fidelidade da base: 98% de apoio dos senadores do PSD, 97% do PP, 96% do PSB e do PT, 95% do PTB, 92% do PMDB.
"Os senadores não são tão sujeitos a pressões da base e dos prefeitos como os deputados", compara o pesquisador Marco Antonio Teixeira (FGV-SP). E a sucessão da presidência do Senado, em 2013, parece estar mais bem encaminhada do que a da Câmara, o que diminui as arestas com o governo, lembra o professor Carlos Melo, do Insper.
Além disso, a pauta de votação gerou menos confrontos que a da Câmara. Em apenas 7 das 31 votações nominais a bancada do PSDB, por exemplo, votou majoritariamente contra a orientação do governo, como na Lei da Copa ou na redução do Pasep e Cofins.
Para seguir o blog e receber postagens atualizadas, use a opção "seguir", ao lado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar.