Maiores vencedores, PT e PSB acumulam capital político para 2014
Artigo de FERNANDO RODRIGUES, Folha de S. Paulo, 09/10/2012.
Os resultados globais das eleições municipais de domingo apontam vitórias e derrotas para vários atores políticos nacionais que têm pretensões presidenciais. Mas só dois deles tiveram um sucesso mais acentuado: a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, bem como seus partidos, PT e PSB.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) pode se considerar parcialmente vitorioso. Saiu-se bem em Minas. Só que os tucanos tiveram um revés em número de votos para prefeito e prefeituras conquistadas.
É claro que PT e PSDB continuam sendo as agremiações mais bem estabelecidas quando se trata de disputas presidenciais. O PSB é modesto. Mas os socialistas avançaram em regiões antes inexploradas pela legenda.
Há duas formas de analisar o resultado das eleições sob a ótica dos presidenciáveis Dilma, Aécio e Eduardo Campos. Primeiro, o desempenho dos aliados políticos de cada um em centros urbanos relevantes. Segundo, verificando o desempenho global de PT, PSDB e PSB.
O PT continua a ser a única agremiação política entre as de médio e grande porte que a cada eleição municipal sai com mais prefeituras do que entrou. Todas as outras nessa categoria (PMDB, PSDB, DEM, PP, PDT, PTB e PSB) já amargaram encolhimento.
O PT passou a ter também o maior número de votos para prefeitos (17,3 milhões).
No caso do PSB, o número de votos fez da legenda a quarta mais bem posicionada do Brasil com seus 8,6 milhões de votos para prefeito. Quando se trata do número de prefeituras, o partido fica abaixo do PSD e do PP. Mas o PSD teve quase 3 milhões de votos a menos que o PSB.
Os números do PSDB são em sentido inverso. Os tucanos tiveram menos votos e menos prefeituras conquistadas. Registraram 13,9 milhões de votos -3,4 milhões a menos do que os petistas.
A outra forma de verificar a força de Dilma, Aécio e Campos é saber como eles se saíram em disputas locais.
Campos aí parece ser o mais bem-sucedido. Além de seu candidato vencer já no primeiro turno em Recife, ele ganhou de forma indireta em Belo Horizonte. A disputa foi liquidada por um candidato do PSB, mas que segue a orientação de Aécio.
Só que Aécio também não pode considerar apenas como sua a conquista de Belo Horizonte. Teve a colaboração direta de Campos.
Dilma se envolveu nas eleições de São Paulo, onde seu candidato foi ao segundo turno, e de Belo Horizonte, onde o petista perdeu.
Até 2014, outros aspectos serão fundamentais para definir a sucessão no Palácio do Planalto. Um deles é a capacidade de PT, PSDB e PSB de construírem alianças sólidas para alavancar um projeto presidencial.
Artigo de FERNANDO RODRIGUES, Folha de S. Paulo, 09/10/2012.
Os resultados globais das eleições municipais de domingo apontam vitórias e derrotas para vários atores políticos nacionais que têm pretensões presidenciais. Mas só dois deles tiveram um sucesso mais acentuado: a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, bem como seus partidos, PT e PSB.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) pode se considerar parcialmente vitorioso. Saiu-se bem em Minas. Só que os tucanos tiveram um revés em número de votos para prefeito e prefeituras conquistadas.
É claro que PT e PSDB continuam sendo as agremiações mais bem estabelecidas quando se trata de disputas presidenciais. O PSB é modesto. Mas os socialistas avançaram em regiões antes inexploradas pela legenda.
Há duas formas de analisar o resultado das eleições sob a ótica dos presidenciáveis Dilma, Aécio e Eduardo Campos. Primeiro, o desempenho dos aliados políticos de cada um em centros urbanos relevantes. Segundo, verificando o desempenho global de PT, PSDB e PSB.
O PT continua a ser a única agremiação política entre as de médio e grande porte que a cada eleição municipal sai com mais prefeituras do que entrou. Todas as outras nessa categoria (PMDB, PSDB, DEM, PP, PDT, PTB e PSB) já amargaram encolhimento.
O PT passou a ter também o maior número de votos para prefeitos (17,3 milhões).
No caso do PSB, o número de votos fez da legenda a quarta mais bem posicionada do Brasil com seus 8,6 milhões de votos para prefeito. Quando se trata do número de prefeituras, o partido fica abaixo do PSD e do PP. Mas o PSD teve quase 3 milhões de votos a menos que o PSB.
Os números do PSDB são em sentido inverso. Os tucanos tiveram menos votos e menos prefeituras conquistadas. Registraram 13,9 milhões de votos -3,4 milhões a menos do que os petistas.
A outra forma de verificar a força de Dilma, Aécio e Campos é saber como eles se saíram em disputas locais.
Campos aí parece ser o mais bem-sucedido. Além de seu candidato vencer já no primeiro turno em Recife, ele ganhou de forma indireta em Belo Horizonte. A disputa foi liquidada por um candidato do PSB, mas que segue a orientação de Aécio.
Só que Aécio também não pode considerar apenas como sua a conquista de Belo Horizonte. Teve a colaboração direta de Campos.
Dilma se envolveu nas eleições de São Paulo, onde seu candidato foi ao segundo turno, e de Belo Horizonte, onde o petista perdeu.
Até 2014, outros aspectos serão fundamentais para definir a sucessão no Palácio do Planalto. Um deles é a capacidade de PT, PSDB e PSB de construírem alianças sólidas para alavancar um projeto presidencial.
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