07 maio 2020

Corsários: uma parceria público-privada das mais antigas




Quando empreendedores aventureiros e Estados nacionais se aliaram para saquear, dominar, aprisionar e matar.

"O corso (a pirataria autorizada e às vezes financiada por reis e rainhas) ganhou força no século XVI, segundo o historiador Jean Marcel Carvalho França, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Franca. 

As frotas de Espanha e Portugal eram atacadas com frequência, resultando em perdas imensas de ouro, pau-brasil e marfim. Mesmo que não tenham conseguido se fixar no Brasil, franceses e ingleses formaram colônias nas Américas Central e do Norte. 

Mais do que uma simples aventura, esse tipo de invasão representava uma contestação do governo inglês à divisão das terras do Novo Mundo entre Espanha e Portugal, formalizada por meio do Tratado de Tordesilhas em 1494.

Veja no vídeo produzido pela equipe de Pesquisa FAPESP como reinos europeus apoiavam os ataques de corsários à costa brasileira." (Pesquisa FAPESP).

Jean Marcel Carvalho França fala também do quanto é importante escrever para o grande púbico, ou seja, um público que vá além do circuito restrito de historiadores, sem perder o rigor da pesquisa e da escrita. 

Afinal, o objetivo dos historiadores é "formar perspectivas coletivas sobre o passado", e para isso é preciso ter leitores. 









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O Capitalismo Americano: novas histórias

Beckert, Sven and Christine Desan, eds. American Capitalism: New Histories. Columbia Studies in the History of U.S. Capitalism. New York: Columbia University Press, 2018.


Os Estados Unidos há muito tempo simbolizam o capitalismo. Desde seus lojistas empreendedores, bancos selvagens, violentas plantações escravistas, gigantesca classe trabalhadora industrial e estridente comércio de mercadorias, até suas multinacionais de abrangência mundial, suas enormes fábricas e o poder centrípeto de Nova York no mundo das finanças, a América passou a simbolizar capitalismo por dois séculos e mais. 

Mas a compreensão sobre o que é a história do capitalismo americano é tão ilusória quanto urgente. O que significa fazer do capitalismo um objeto de investigação histórica? Qual é o seu potencial em várias disciplinas, juntamente com diferentes metodologias e em uma variedade de configurações geográficas e cronológicas? E como o foco no capitalismo muda nossa compreensão da história americana?

O Capitalismo Americano apresenta uma seleção de pesquisas de ponta de estudiosos proeminentes. Esses ensaios, feitos de mente aberta e de forma rigorosa, arriscam novos ângulos em finanças, dívida e crédito; direitos das mulheres; escravidão e economia política; racialização do capitalismo; trabalho além dos assalariados industriais; e produção de conhecimento, incluindo a ideia em si de economia, entre outros tópicos. 

Juntos, os ensaios sugerem temas emergentes nesse campo de pesquisa: um fascínio pelo capitalismo, patrocinado pelas autoridades políticas; como ele é reivindicado e contestado pelos seus agentes; como ele se espalha pelo mundo e como pode ser reconceituado sem ser universalizado. 

Um manifesto importante para um campo ainda em aberto, este livro demonstra a amplitude e o escopo do trabalho que a história do capitalismo pode provocar.

Sven Beckert é professor de História de Laird Bell na Universidade de Harvard e co-fundador do Programa de Estudos do Capitalismo. Ele é o autor de Empire of Cotton: A Global History (2014).

Christine Desan é professora de Direito Leo Gottlieb na Universidade de Harvard e co-fundadora do Programa de Estudos do Capitalismo. É autora de Making Money: Coin, Currency, and the Coming of Capitalism (2014).



Beckert, Sven and Christine Desan, eds. American Capitalism: New Histories. Columbia Studies in the History of U.S. Capitalism. New York: Columbia University Press, 2018.

The United States has long epitomized capitalism. From its enterprising shopkeepers, wildcat banks, violent slave plantations, huge industrial working class, and raucous commodities trade to its world-spanning multinationals, its massive factories, and the centripetal power of New York in the world of finance, America has come to symbolize capitalism for two centuries and more. 

But an understanding of the history of American capitalism is as elusive as it is urgent. What does it mean to make capitalism a subject of historical inquiry? What is its potential across multiple disciplines, alongside different methodologies, and in a range of geographic and chronological settings? And how does a focus on capitalism change our understanding of American history?

American Capitalism presents a sampling of cutting-edge research from prominent scholars. These broad-minded and rigorous essays venture new angles on finance, debt, and credit; women’s rights; slavery and political economy; the racialization of capitalism; labor beyond industrial wage workers; and the production of knowledge, including the idea of the economy, among other topics. Together, the essays suggest emerging themes in the field: a fascination with capitalism as it is made by political authority, how it is claimed and contested by participants, how it spreads across the globe, and how it can be reconceptualized without being universalized. A major statement for a wide-open field, this book demonstrates the breadth and scope of the work that the history of capitalism can provoke.

ABOUT THE AUTHORS
Sven Beckert is Laird Bell Professor of History at Harvard University and cofounder of the Program on the Study of Capitalism. He is the author of Empire of Cotton: A Global History (2014).

Christine Desan is Leo Gottlieb Professor of Law at Harvard University and cofounder of the Program on the Study of Capitalism. She is the author of Making Money: Coin, Currency, and the Coming of Capitalism (2014).



Key-words: Economic Systems; History; Finance; Trade; Economy; Policy; United States











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06 maio 2020

Bobby Hackett And His Orchestra, "That Old Gang Of Mine"





Bobby Hackett And His Orchestra, Aquela Minha Velha Gangue.
Experience jazz in your life at Archive.org 

"That Old Gang Of Mine", com Bobby Hackett e The Tempo Twisters, é uma música de um disco de 1940 intitulado Horace Heidt Presents: Bobby Hackett And His Orchestra and The Tempo Twisters.

Bobby Hackett (Robert Leo Hackett, 31 de janeiro de 1915 - 7 de junho de 1976) foi um grande músico de jazz, trompetista, que também tocava Cornet ("corneta") e, às vezes, violão.

Hackett tocou em bog bands como as de Glenn Miller e Benny Goodman, no final das décadas de 1930 e 1940, e foi o solista mais importante dos discos de jazz melódico da Orchestra de Jackie Gleason, na década de 1950.

The Tempo Twisters foi um grupo vocal sobre o qual se tem poucas informações. Provavelmente é uma formação feita apenas para este disco, juntando alguns membros do Tune Twisters (talvez apenas dois deles), grupo vocal que começou como The Freshmen (os calouros). Originalmente fundado em 1934, os Tune Twisters eram Andy Love, Robert "Bob" Wacker e Jack Lathrop. Hackett e Lathrop tocaram juntos na orquestra de Glenn Miller.

Possivelmente, o próprio Bobby Hackett tenha dado uma palhinha, cantando como o terceiro membro do trio. Hackett também era um bom cantor, mas apenas casualmente, como parece ser o caso. 
Horace Heidt tinha sua própria orquestra e era grande amigo de Bobby.

As cenas deste vídeo mostram os duros tempos da Grande Depressão da década de 1930:

0:00 - Policiais disparando armas como se estivessem perseguindo criminosos.

0:11 - Carro queimado.

0:16 - Uma greve de trabalhadores é brutalmente reprimida durante a Grande Depressão. Os policiais apontam metralhadoras e os trabalhadores são espancados pelos seguranças da empresa.

0:38 - Um homem procura comida nas latas de lixo, mas só encontra jornais.

0:43 - Ruas de Chicago, início dos anos 30.

0:58 - Funcionários da alfândega executam a proibição à venda e consumo de álcool destruindo barris de bebidas.

1:08 - Gângsteres capturados pela polícia.

1:13 - Al Capone saindo da corte. As crianças assistem a cena.

1:21 - Tiros de metralhadora Thompson, calibre .45, e de revólveres.

1:26 - Reconstituição de um sequestro.

1:41 - Reconstituição do assassinato de Bonnie e Clyde (dois dias depois do ocorrido).

1:56 - Carro de Clyde e Bonnie crivado de balas.

2:10 - Cenas reais do carro de Clyde e Bonnie, com Bonnie morta (Clyde estava a seu lado, dirigindo o carro), a 23 de maio de 1934.

"That Old Gang of Mine" é uma canção popular de 1923 composta por Ray Henderson com letras de Billy Rose e Mort Dixon e publicada por Irving Berlin, Inc.

Hoje (2020), quase um século desde que a música surgiu, 80 anos após a gravação de Bobby Hackett e quase 90 anos após essas cenas dos anos 30, nada disso é de domínio público. 

A música e as imagens continuam de uso restrito por conta de direitos autorais em benefício de alguém que não é o autor da música, nem das filmagens, nem mesmo ajudou a criar a gravadora, que aliás não existe mais. Alguém que apenas comprou esses direitos. Absurdo absoluto.


Lado A: That Old Gang Of Mine
Música de Ray Henderson e letra Billy Rose e Mort Dixon.

Lado B:  (What Can I Say) After I Say I'm Sorry [(O que posso dizer) Depois de dizer que sinto muito?]
Selo: Vocalion
Número do disco 5620
Formato: Disco de cera (ou disco de goma-laca), 10 polegadas (diâmetro), 78 rotações por minuto (RPM).
Gravado e produzido em Los Angeles, Estados Unidos, em 25 de janeiro de 1940.


Gênero: Jazz, Swing, Big Band.

Fontes:
https://www.discogs.com/Horace-Heidt-Presents-Bobby-Hackett-And-His-Orchestra-That-Old-Gang-Of-Mine-After-I-Say-Im-Sorry/release/9454217
https://en.wikipedia.org/wiki/Bobby_Hackett
https://www.discogs.com/pt_BR/artist/254893-Bobby-Hackett
https://en.wikipedia.org/wiki/Bonnie_and_Clyde
https://en.wikipedia.org/wiki/Tune_Twisters
http://petekellysblog.blogspot.com/2009/08/bobby-hackett-bix-session-1940.html
https://www.youtube.com/watch?v=ukDOptE5ryM
https://en.wikipedia.org/wiki/That_Old_Gang_of_Mine_(song)
Baixe a música em https://ia902803.us.archive.org/25/items/experience_jazz_in_your_life/%281%29%20Bobby_Hackett_That_Old_Gang_Of_Mine_%28vocal_The_Tempo_Twisters%29%281940%29.mp3

"That Old Gang Of Mine"
"That Old Gang Of Mine", by Bobby Hackett and The Tempo Twisters, is a music from the disc intitled Horace Heidt Presents: Bobby Hackett And His Orchestra ‎and The Tempo Twisters.

Side A That Old Gang Of Mine
Written by Rose, Dixon and Henderson.
Side B (What Can I Say) After I Say I'm Sorry
Written by Lyman and Donaldson.
Label Vocalion ‎– number of the disc 5620
Format Shellac, 10", 78 RPM
Recorded and produced in Los Angeles, United States, 25 January 1940. 
Genre:
Jazz, Swing, Big Band

Bobby Hackett  (Robert Leo Hackett,January 31, 1915 – June 7, 1976) was a great jazz musician, trumpet player, who also used to play the cornet and, sometimes, the guitar.
He played with the big bands of Glenn Miller and Benny Goodman, in the late 1930s and 1940s, and was the most important soloist of the melodical jazz discs of the Jackie Gleason Orchestra, in the 1950s.
It's a little difficult to know who were "The Tempo Twisters", but they probably are some members of the Tune Twisters (perhaps only two of them). Originally founded in 1934 as The Freshmen, the Tune Twisters were Andy Love, Robert "Bob" Wacker, and Jack Lathrop (famous guitar player).

Perhaps Bobby Hackett himself was the third vocal member of the trio. Hackett was a fine singer, but only casually he used to sing, as it seems to be the case. 
Horace Heidt had his own orchestra and was a close friend of Bobby.

The scenes in this video show the hard times of the 1930s:
0:00 - Policemen firing guns as if they were chasing criminals. 
0:11 - Burnt out car.
0:16 - Workers' strike is brutally repressed during the Great Depression: the police officers use machine guns and the workers are beaten by company security men.
0:38 - A man looks for food in the trash of garbage cans, but only finds newspapers.
0:43 - Chicago streets, early 1930s.
0:58 - Customs officials enforcing prohibition smashing barrels of alcohol.
1:08 - Gangsters captured by police.
1:13 - All Capone leaving court. Kids watch the scene. 
1:21 - Machine gun (Thompson Submachine Gun, Caliber .45) and revolvers shots. 
1:26 - The reconstitution of a kidnappin. 
1:41 - The reconstitution of Bonnie and Clyde assassination (two days latter).
1:56 - Clyde and Bonnie's car riddled with bullets.
2:10 - The real scenes of Clyde and Bonnie's car, with Bonnie dead (Clyde was at her side, driving the car), May 23 1934.

"That Old Gang of Mine" is a 1923 popular song composed by Ray Henderson with lyrics by Billy Rose and Mort Dixon, and published by Irving Berlin, Inc. 
From now, 2020, almost a century since, 80 years after Bobby Hackett's recording, and almost 90 years after these footages were made, unfortunately they are still not in public domain. The music and the images are protected by copyright rights for the benefit of someone who is not the author of the music, nor of the filming, nor even helped to create the record company, which incidentally does not exist any more. Absolute nonsense.

Sources:
https://www.discogs.com/Horace-Heidt-Presents-Bobby-Hackett-And-His-Orchestra-That-Old-Gang-Of-Mine-After-I-Say-Im-Sorry/release/9454217
https://en.wikipedia.org/wiki/Bobby_Hackett
https://www.discogs.com/pt_BR/artist/254893-Bobby-Hackett
https://en.wikipedia.org/wiki/Bonnie_and_Clyde
https://en.wikipedia.org/wiki/Tune_Twisters
http://petekellysblog.blogspot.com/2009/08/bobby-hackett-bix-session-1940.html
https://www.youtube.com/watch?v=ukDOptE5ryM
https://en.wikipedia.org/wiki/That_Old_Gang_of_Mine_(song)
Download at https://ia902803.us.archive.org/25/items/experience_jazz_in_your_life/%281%29%20Bobby_Hackett_That_Old_Gang_Of_Mine_%28vocal_The_Tempo_Twisters%29%281940%29.mp3










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02 maio 2020

Buck Clayton with Buddy Tate, Buck & Buddy Blow The Blues




Buck Clayton With Buddy Tate – Buck & Buddy Blow The Blues
Prestige Swingville 

00:00 A1 Rompin' At Red Bank (Buddy Tate)
06:36 A2 Blue Creek (Buddy Tate)
13:08 A3 A Swinging Doll (Buck Clayton)
17:04 A4 Dallas Delight (Buck Clayton)
21:40 B1 Don't Mind If I Do (Buddy Tate)
29:45 B2 Blue Breeze (Buck Clayton)
33:58 B3 Blue Ebony (Buck Clayton)

Bass – Gene Ramey
Clarinet – Buddy Tate (tracks: A2)
Drums – Gus Johnson
Piano – Sir Charles Thompson
Tenor Saxophone – Buddy Tate
Trumpet – Buck Clayton

Recorded September 15,1961 Van Gelder Studio ,Emglewood Cliffs, NJ.


 
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