Livro debate avanços e desafios do desenvolvimento brasileiro
"O livro Inserção Externa, Crescimento e Padrões de Consumo na Economia Brasileira indica que, no ciclo de crescimento da última década, houve forte expansão do consumo das famílias, em particular daquelas cuja renda principal deriva-se de ocupações com remuneração direta ou indiretamente afetada pelo salário mínimo. O padrão de desenvolvimento que se afirmou possui, entretanto, alguns limites críticos ao seu prosseguimento, que se manifestam pelo baixo nível de investimento e crescente déficit nas transações correntes do balanço de pagamento".
Baixe e leia o livro 'Inserção Externa, Crescimento e Padrões de Consumo na Economia Brasileira'
Fonte: IPEA
Publicação, elaborada pelo professor Carlos Aguiar de Medeiros (UFRJ), integra um projeto de pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea
O livro reúne elementos importantes para aprofundar o debate sobre o momento atual do desenvolvimento brasileiro.
A análise desta evolução constitui o principal objetivo do esforço de pesquisa empreendido pelo professor Carlos Aguiar de Medeiros, que buscou compreender não apenas as articulações entre o consumo das famílias e a estrutura da oferta que se afirmaram na economia brasileira na primeira década do século XXI, mas também situar a experiência brasileira em seu contexto histórico e compará-la com outros padrões de crescimento que se afirmaram contemporaneamente nas economias em desenvolvimento.
No primeiro capítulo, o autor disseca as conexões apresentadas na literatura keynesiana-estruturalista entre distribuição, crescimento e mudança estrutural. Dentro do princípio de que os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. A partir da crítica a essa literatura e das experiências de crescimento econômico observadas em países em desenvolvimento selecionados, examina as relações entre distribuição, crescimento, estrutura produtiva e exportações, considerando a expansão das cadeias produtivas, particularmente na Ásia, e dos países exportadores de recursos naturais.
No segundo capítulo, o professor busca discutir algumas evidências sobre o processo de expansão e mudanças no padrão de consumo das famílias brasileiras na primeira década do século XXI. Mostra que a redução da pobreza, o aumento real do salário mínimo e do emprego assalariado formal, o crescimento do número de famílias no estrato médio da renda e a expansão do crédito ao consumidor ampliaram o tamanho dos mercados de bens correntes e duráveis de consumo, dos serviços modernos e do lazer.
Padrão de consumo e crescimento
No terceiro capítulo, Medeiros examina o efeito do salário mínimo sobre o emprego formal, a taxa de salários e a distribuição de renda do trabalho no processo de redução da pobreza e das desigualdades nas rendas do trabalho ocorridas na primeira década do século XXI na economia brasileira.
No quarto capítulo, o autor detalha a articulação entre o novo padrão de consumo com a oferta doméstica e as importações. Examina a evolução da estrutura da oferta em conexão com o comportamento da demanda das famílias. O autor procura evidenciar a composição setorial decorrente da expansão e do padrão de consumo dos estratos de renda da maioria da população brasileira.
No quinto capítulo, Carlos Aguiar de Medeiros salienta as interações entre crescimento, padrões de consumo e importações – sintetizando as transformações estruturais ocorridas na economia brasileira na primeira década do milênio – e delineia possíveis estratégias a serem implementadas a fim de avançar o desenvolvimento econômico do país. A expansão do mercado interno, dinamizado pelo consumo dos assalariados na base da pirâmide ocupacional e pela redução da pobreza, desencadeou um processo de desconcentração de renda em uma sociedade extremamente desigual e caracterizada por insuficiente e assimétrica provisão de serviços públicos.
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"O livro Inserção Externa, Crescimento e Padrões de Consumo na Economia Brasileira indica que, no ciclo de crescimento da última década, houve forte expansão do consumo das famílias, em particular daquelas cuja renda principal deriva-se de ocupações com remuneração direta ou indiretamente afetada pelo salário mínimo. O padrão de desenvolvimento que se afirmou possui, entretanto, alguns limites críticos ao seu prosseguimento, que se manifestam pelo baixo nível de investimento e crescente déficit nas transações correntes do balanço de pagamento".
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Fonte: IPEA
Publicação, elaborada pelo professor Carlos Aguiar de Medeiros (UFRJ), integra um projeto de pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea
O livro reúne elementos importantes para aprofundar o debate sobre o momento atual do desenvolvimento brasileiro.
A análise desta evolução constitui o principal objetivo do esforço de pesquisa empreendido pelo professor Carlos Aguiar de Medeiros, que buscou compreender não apenas as articulações entre o consumo das famílias e a estrutura da oferta que se afirmaram na economia brasileira na primeira década do século XXI, mas também situar a experiência brasileira em seu contexto histórico e compará-la com outros padrões de crescimento que se afirmaram contemporaneamente nas economias em desenvolvimento.
No primeiro capítulo, o autor disseca as conexões apresentadas na literatura keynesiana-estruturalista entre distribuição, crescimento e mudança estrutural. Dentro do princípio de que os consumidores aplicam as proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. A partir da crítica a essa literatura e das experiências de crescimento econômico observadas em países em desenvolvimento selecionados, examina as relações entre distribuição, crescimento, estrutura produtiva e exportações, considerando a expansão das cadeias produtivas, particularmente na Ásia, e dos países exportadores de recursos naturais.
No segundo capítulo, o professor busca discutir algumas evidências sobre o processo de expansão e mudanças no padrão de consumo das famílias brasileiras na primeira década do século XXI. Mostra que a redução da pobreza, o aumento real do salário mínimo e do emprego assalariado formal, o crescimento do número de famílias no estrato médio da renda e a expansão do crédito ao consumidor ampliaram o tamanho dos mercados de bens correntes e duráveis de consumo, dos serviços modernos e do lazer.
Padrão de consumo e crescimento
No terceiro capítulo, Medeiros examina o efeito do salário mínimo sobre o emprego formal, a taxa de salários e a distribuição de renda do trabalho no processo de redução da pobreza e das desigualdades nas rendas do trabalho ocorridas na primeira década do século XXI na economia brasileira.
No quarto capítulo, o autor detalha a articulação entre o novo padrão de consumo com a oferta doméstica e as importações. Examina a evolução da estrutura da oferta em conexão com o comportamento da demanda das famílias. O autor procura evidenciar a composição setorial decorrente da expansão e do padrão de consumo dos estratos de renda da maioria da população brasileira.
No quinto capítulo, Carlos Aguiar de Medeiros salienta as interações entre crescimento, padrões de consumo e importações – sintetizando as transformações estruturais ocorridas na economia brasileira na primeira década do milênio – e delineia possíveis estratégias a serem implementadas a fim de avançar o desenvolvimento econômico do país. A expansão do mercado interno, dinamizado pelo consumo dos assalariados na base da pirâmide ocupacional e pela redução da pobreza, desencadeou um processo de desconcentração de renda em uma sociedade extremamente desigual e caracterizada por insuficiente e assimétrica provisão de serviços públicos.
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