Número de brasileiros em condições de extrema pobreza pode diminuir do índice atual (3,4%) para
0,8%, de acordo com estudo do Ipea.
Taxa de pobreza pode cair ainda mais entre crianças e adolescentes: de 5,9% para 0,6%.
Taxa de pobreza pode cair ainda mais entre crianças e adolescentes: de 5,9% para 0,6%.
"Trata-se de uma revolução de nossa política social” (Rafael Guerreiro Osorio, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea).
Brasileiros em condições de extrema pobreza: aqueles que recebem uma renda mensal per capita inferior a R$ 70.
Brasil Carinhoso pode baixar pobreza extrema infantil a 0,6%
Dados são de Nota Técnica lançada pelo Ipea (links ao final).
O Programa Brasil Carinhoso tem a
capacidade de reduzir a pobreza extrema entre crianças de 0 a 15 anos a
um patamar residual, segundo estudo lançado hoje pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A Nota Técnica nº 14 da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc), intitulada O Bolsa Família depois do Brasil Carinhoso: uma análise do potencial de redução da pobreza extrema,
revela que, se o desenho atual do programa tivesse sido implementado em
2011, a taxa de pobreza extrema entre a população de 0 a 15 poderia ter
caído para apenas 0,6%.
Leia a Nota Técnica "O Bolsa Família depois do Brasil Carinhoso: uma análise do potencial de redução da pobreza extrema"
Veja os gráficos da apresentação de Marcelo Neri, presidente do Ipea
Vídeo: íntegra da coletiva de lançamento da Nota Técnica "O Bolsa Família depois do Brasil Carinhoso"
Vídeo: entrevista com Rafael Osório, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea
Fonte: Ipea.
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A Nota Técnica explica as mudanças pelas
quais o desenho do Programa Bolsa Família (PBF) passou de 2003 a 2011.
Durante esse período, constatou-se que a iniciativa era mais efetiva
entre famílias que contavam com renda própria mais próxima de R$ 70, mas
não conseguia resgatar da pobreza extrema famílias sem renda, ou com
renda muito baixa.
“As famílias que eram extremamente pobres e que tinham crianças de 0 a 5 anos, mesmo recebendo o benefício, continuavam extremamente pobres. Agora, o benefício deixa de ser pago em função da composição familiar e passa a ser pago em função do hiato de pobreza, ou seja, do quanto falta para a família deixar de ser extremamente pobre”, afirmou Rafael Guerreiro Osorio, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, ao explicar de que forma o Programa Brasil Carinhoso, implementado em 2012, impactou o desenho do PBF.
De acordo com Osorio, que detalhou a Nota Técnica,
já durante o primeiro reajuste do PBF em 2011, primeiro ano do governo
atual, ficou patente a determinação de se privilegiar as crianças.
“De
2011 para 2012, ao contrário dos demais benefícios básicos por criança e
jovem, a transferência média por beneficiário aumentou. Isso já é
efeito do Brasil Carinhoso”, declarou o diretor de Estudos e Políticas
Sociais.
Mesmo com o desenho antigo, em 2011, o
PBF conseguiu reduzir a taxa de pobreza extrema da população de 5,3 para
3,4%, e a taxa de pobreza da população de zero a 15 anos de 9,7 para
5,9%. Contudo, segundo a simulação presente no estudo – que não tem
valor de previsão –, se implantado no ano passado, o Brasil Carinhoso
poderia ter levado essas taxas a, respectivamente, 0,8% e 0,6%.
“Teríamos a conquista histórica de atingir uma taxa de pobreza extrema entre a população de 0 a 15 anos menor ou igual à taxa registrada entre a população total. Trata-se de uma revolução de nossa política social”, ressaltou Osorio.
O diretor do Ipea
disse, ainda, que “a redução de pobreza em 2013 será muito maior com o
Brasil Carinhoso, sem dúvida, do que seria sem o programa, ou se
permanecêssemos com o desenho antigo do Bolsa Família”. Ele sugeriu,
também, que esse desenho mais racional e efetivo proporcionado pelo
Brasil Carinhoso seja estendido progressivamente às demais famílias do
PBF, considerando o espaço fiscal disponível para isso.
Década das crianças
O lançamento do estudo, às 11h, contou com uma contextualização apresentada pelo presidente do Ipea,
Marcelo Neri. Ele lembrou que a taxa de pobreza infantil é superior à
de outros grupos da sociedade brasileira. “Se você quer atacar os mais
pobres dos pobres, as crianças são um alvo privilegiado dentro desse
objetivo”, afirmou Neri. Segundo ele, a década de 1990 foi mais devotada
à melhoria de condições dos idosos, e a última década – com os
programas de transferência de renda condicionada que visam às crianças e
utilizam as mães como canal – teve como foco as crianças.
O presidente do Ipea
apresentou números que deixam clara a melhoria da situação das crianças
no país durante os últimos anos.
“Em 10 anos, a mortalidade infantil caiu 10% no Brasil. Entre as crianças de 0 a 4 anos, houve redução de 21 pontos percentuais na pobreza de 2001 a 2011. Algo está acontecendo, e não é mais do mesmo. O jogo mudou”, disse Neri.
O Programa Bolsa Família é uma
transferência de renda mensal do governo federal para famílias pobres e
extremamente pobres inscritas no Cadastro Único dos Programas Sociais. O
estudo lançado nesta quarta-feira, com transmissão ao vivo pelo Portal
Ipea, é assinado por Osorio e por Pedro H. G. Ferreira da Souza, técnico
de Planejamento e Pesquisa do Ipea.
Veja os gráficos da apresentação de Marcelo Neri, presidente do Ipea
Vídeo: íntegra da coletiva de lançamento da Nota Técnica "O Bolsa Família depois do Brasil Carinhoso"
Vídeo: entrevista com Rafael Osório, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea
Fonte: Ipea.
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Concordo que seria uma grande avanço tirá-los da extrema pobreza, mas R$ 70,00 é mesmo um número muito baixa logo acima de R$ 70,00 se for uns R$ 180,00 ainda seria um valor muito baixo. Gostaria de saber se poderia me indicar um estudo que explique melhor essa divisão
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