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18 fevereiro 2013

“Uma medida histórica acaba de ser aprovada, com corrupção, pelo homem mais puro da América”.

"O maior estadista americano precisou valer-se do que aqui chamamos de fisiologismo para conquistar seu maior objetivo, a abolição da escravatura".

Lincoln e a política

Tereza Cruvinel, COrreio Braziliense, 17 fevereiro 2013.

Muito já se escreveu sobre o filme de Steven Spielberg, baseado no livro de Doris Kearns Goodwin, sobre o elenco e os aspectos técnicos da produção, sobre a interpretação magistral de Lincoln por Daniel Day-Lewis .
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O roteiro do filme baseou-se na parte do livro que aborda o fim da Guerra da Secessão e o esforço de Lincoln para aprovar a 13ª emenda constitucional, a da abolição. Já passara no Senado, mas, para aprová-la na Câmara, ainda que todos os deputados de seu Partido Republicano votassem a favor, ainda faltariam 20 votos.

Lincoln e seus articuladores marcam a votação para antes da posse do novo Congresso, recentemente eleito, mirando os deputados democratas que não se haviam reelegido e em breve estariam ao relento. “Vamos lhes oferecer empregos”, ordena Lincoln. Os cargos são negociados e a emenda é aprovada por dois votos a mais que o necessário.

O líder dos radicais republicanos, Thaddeus Stevens (também magnificamente interpretado por Tommy Lee Jones), que tinha uma relação conflituosa com Lincoln, resume: “Uma medida histórica acaba de ser aprovada, com corrupção, pelo homem mais puro da América”.

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