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29 abril 2020

Armas da democracia


Propaganda, progressismo e opinião pública americana


Um livro de Jonathan Auerbach. 
Editora Johns Hopkins University.




Ainda no início do século XX, Walter Lippmann temia que os cidadãos mantivessem crenças imprecisas e mal informadas, devido à maneira como as informações eram produzidas, circuladas e recebidas em uma sociedade de massas mediada pela imprensa. Lippmann chamou a esse processo manipulador da opinião de "fabricação de consentimento".

Como e por que a opinião pública - há muito acalentada como fundamento do governo democrático - se tornou uma fonte crescente de preocupação para os progressistas americanos?

Após a Primeira Guerra Mundial, o analista político Walter Lippmann temia que os cidadãos mantivessem crenças imprecisas e mal informadas, devido à maneira como as informações eram produzidas, circuladas e recebidas em uma sociedade de massas mediada pela imprensa. Lippmann chamou a esse processo manipulador da opinião de "fabricação de consentimento. Um termo muito familiar para esse tipo de persuasão propagandística em larga escala. 

Em Armas da democracia, Jonathan Auerbach explora como a crítica severa de Lippmann deu voz a um conjunto de dúvidas que incomodavam os reformadores sociais americanos desde o final do século XIX.

Progressistas, cientistas sociais e muckrakers [literalmente, "revolvedores de estrume", apelido dado a jornalistas investigativos orientados a levantar acusações sobre o conluio entre governos e grandes grupos econômicos] inicialmente se basearam na persuasão como parte do esforço para mobilizar a opinião pública em favor de reformas, incluindo regular monopólios, proteger consumidores e promover um governo isento e eficiente. 

A "propaganda" foi associada à educação pública e à conscientização para o bem do todos. Na segunda década do século XX, a necessidade de reunir apoio ao envolvimento americano na Grande Guerra produziu o Comitê de Informação Pública, que zelosamente espalhou o evangelho da democracia americana no exterior e trabalhou para reprimir a dissidência em casa. Após a guerra, empresas de relações públicas - que tratavam a publicidade como um fim em si - proliferaram.

Armas da democracia traça o destino da opinião pública americana na teoria e na prática de 1884 a 1934 e explica como a propaganda continua a moldar a esfera pública de hoje. O livro analisa de perto o trabalho de líderes políticos proeminentes, jornalistas, intelectuais, romancistas e publicitários corporativos, incluindo Woodrow Wilson, Theodore Roosevelt, Mark Twain, George Creel, John Dewey, Julia Lathrop, Ivy Lee e Edward Bernays. 

Verdadeiramente interdisciplinar no escopo e no método, este livro atrairá estudantes e acadêmicos em estudos americanos, história, teoria política, mídia e comunicação e estudos literários e de retórica.



Weapons of Democracy
Propaganda, Progressivism, and American Public Opinion
Jonathan Auerbach

How and why did public opinion—long cherished as a foundation of democratic government—become an increasing source of concern for American Progressives?

Following World War I, political commentator Walter Lippmann worried that citizens increasingly held inaccurate and misinformed beliefs because of the way information was produced, circulated, and received in a mass-mediated society. Lippmann dubbed this manipulative opinion-making process "the manufacture of consent." A more familiar term for such large-scale persuasion would be propaganda. In Weapons of Democracy, Jonathan Auerbach explores how Lippmann’s stark critique gave voice to a set of misgivings that had troubled American social reformers since the late nineteenth century.

Progressives, social scientists, and muckrakers initially drew on mass persuasion as part of the effort to mobilize sentiment for their own cherished reforms, including regulating monopolies, protecting consumers, and promoting disinterested, efficient government. "Propaganda" was associated with public education and consciousness raising for the good of the whole. By the second decade of the twentieth century, the need to muster support for American involvement in the Great War produced the Committee on Public Information, which zealously spread the gospel of American democracy abroad and worked to stifle dissent at home. After the war, public relations firms—which treated publicity as an end in itself—proliferated.

Weapons of Democracy traces the fate of American public opinion in theory and practice from 1884 to 1934 and explains how propaganda continues to shape today’s public sphere. The book closely analyzes the work of prominent political leaders, journalists, intellectuals, novelists, and corporate publicists, including Woodrow Wilson, Theodore Roosevelt, Mark Twain, George Creel, John Dewey, Julia Lathrop, Ivy Lee, and Edward Bernays. Truly interdisciplinary in both scope and method, this book will appeal to students and scholars in American studies, history, political theory, media and communications, and rhetoric and literary studies.













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