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03 janeiro 2017

Não fosse a expansão da oferta de crédito pelos bancos públicos, crise teria sido ainda maior

Na crise, bancos privados se acovardam



“Não fosse esse papel anticíclico realizado pelos bancos públicos, a crise teria sido ainda mais severa, com uma profundidade ainda maior”, explica Giuliano, bolsista do Programa de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD) do Ipea e professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE/Unicamp). Ele aponta duas questões importantes: primeiro, a de existirem instituições públicas no sistema financeiro. Elas servem como contrapeso ao comportamento pró-cíclico assumido pelos bancos privados. 

“Naturalmente, os bancos privados acabam emprestando muito em tempos de bonança, mas diminuem o ritmo em tempos de crise”. 

A outra questão envolve a importância de aprofundar os mecanismos privados de financiamento na economia brasileira. 

“Não dá para o setor público trazer para si a responsabilidade do financiamento”. 

Para o professor, é fundamental pensar em novas formas de políticas financeiras que consigam estimular os bancos privados a emprestarem mais, mesmo em tempos de crise. 

Leia o 
TD 2243 - A Dinâmica do Mercado de Crédito no Brasil no Período Recente (2007-2015),
de Giuliano Contento de Oliveira e Paulo José Whitaker Wolf. Brasília: Ipea, outubro de 2016
















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