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14 fevereiro 2012

Pacote grego é bomba relógio

"País está comprando tempo e, dessa maneira, adia a solução do seu problema, que vai ficando cada vez pior. A situação é dramática e se complica, porque a ajuda financeira vai exigir, além da austeridade aprovada, um comprometimento político do novo primeiro-ministro do país".
Mônica de Bolle, economista.

Especialistas: pacote não salva Grécia

A crise grega está longe de terminar.

O pacote de austeridade fiscal aprovado pela Grécia não deve ser suficiente para tirar o país da atual crise, afirmam especialistas.

As duras medidas anunciadas pelo governo – que pretende cortar 3,3 bilhões em gastos apenas neste ano – podem deteriorar ainda mais os indicadores econômicos e ampliar os protestos da população.

Também estão previstos cortes de salários e pensões, além de demissões de funcionários públicos.

O pacote visa a acalmar os ânimos dos credores e, assim, garantir a liberação do segundo socorro financeiro de 130 bilhões da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Grécia precisa dos recursos internacionais antes de 20 de março para pagar dívidas de 14,5 bilhões ou enfrentaria um calote que poderia abalar toda a zona do euro. Milhares de gregos foram, mais uma vez, às ruas para protestar contra o governo, incendiando prédios e lojas e saqueando estabelecimentos comerciais.

"A Grécia está longe de sair da crise. O país está comprando tempo e, dessa maneira, adia a solução do seu problema, que vai ficando cada vez pior. A situação é dramática e se complica, porque a ajuda financeira vai exigir, além da austeridade aprovada, um comprometimento político do novo primeiro-ministro do país. As eleições serão agora em abril" disse Mônica de Bolle, economista da Galanto.

Fonte: resenha de jornais do Congresso em Foco

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