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02 dezembro 2011

O Brasil de cara nova

 
Dados do censo 2010 e da Pesquisa de Orçamentos Familiares mostram que a expectativa de vida dos brasileiros está mais elevada e que houve mudanças importantes no padrão de consumo das famílias, a ponto de levarem a uma alteração no cálculo de seus índices de inflação (IPCA e INPC).

Outra consequência futura importante é o acirramento do debate sobre a necessidade de novas regras para a aposentadoria.

Em 2010, esperança de vida ao nascer era de 73,48 anos


Em 2010, a esperança de vida ao nascer no Brasil era de 73,48 anos (73 anos, 5 meses e 24 dias), um incremento de 0,31 anos (3 meses e 22 dias) em relação a 2009 e de 3,03 anos (3 anos e 10 dias) sobre o indicador de 2000.
A esperança de vida ao nascer para os homens era de 69,73 anos e, para as mulheres, em 77,32 anos, uma diferença de 7,59 anos (7 anos, 7 meses e 2 dias).
A taxa de mortalidade infantil para o Brasil, em 2010, foi estimada em 21,64 por mil nascidos vivos, indicando redução de 28,03% ao longo da década.
Essas e outras informações estão disponíveis nas Tábuas Completas de Mortalidade 2010, divulgadas anualmente pelo IBGE, sempre até o dia 1º de dezembro, em cumprimento ao Artigo 2º do Decreto Presidencial n° 3.266 de 29 de novembro de 1999.
Antecipadamente, o IBGE informa que a Tábua de Mortalidade da população do Brasil para o ano de 2011, cuja divulgação está prevista para 29 de novembro de 2012, incorporará as informações mais recentes sobre população e óbitos, por sexo e idade, oriundas do Censo Demográfico 2010 e das Estatísticas do Registro Civil do mesmo ano. Além de atualizar os indicadores de mortalidade e esperança de vida, o procedimento irá gerar parâmetros atualizados da mortalidade do Brasil para serem incorporados à Revisão 2012 da Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade, 1980 – 2050.
As Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social e podem ser acessadas na página http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/tabuadevida/2010/default.shtm
Além da esperança de vida ao nascer, as Tábuas de Mortalidade também permitem calcular a vida média para cada idade ou grupo de idade, para ambos os sexos e para cada sexo em separado. Em 2000, um homem de 40 anos teria, em média, mais 33,70 anos de vida, e uma mulher da mesma idade, mais 38,44 anos. Já em 2010, um homem de 40 anos teria, em média, mais 35,15 anos, enquanto a mulher da mesma idade teria mais 40,22 anos. Aos 60 anos, um homem teria em média, em 2000, mais 18,84 anos, e a mulher, mais 21,70 anos; em 2010, a esperança média de vida do homem de 60 anos seria de mais 19,63 anos e a da mulher, mais 22,97 anos.
Homens têm 4,5 mais chances de morrer na juventude do que as mulheres
Em 2010, a sobremortalidade masculina (relação entre as probabilidades de morte de homens e mulheres, por idade ou grupos de idade) teve seu pico aos 22 anos de idade, quando a chance de um homem falecer era 4,5 vezes maior do que a de uma mulher. Em 2000, nessa mesma idade, a probabilidade de morte masculina chegava a 4,0 vezes a feminina. A curva da sobremortalidade declina com a idade, mas aos 70 anos, a chance de um homem falecer ainda é mais de 1,5 vez a chance de uma mulher.

Fonte: IBGE, 01 de dezembro de 2011

Censo Demográfico 

Os resultados do Censo Demográfico 2000 revelam o retrato do país no fim do milênio e podem ser considerados a principal fonte de informações para a análise sobre a realidade nacional, servindo para fundamentar o exercício da cidadania, as políticas públicas e os investimentos privados, entre outros aspectos.


Nota de esclarecimento sobre as mudanças nas estruturas de ponderação do IPCA e INPC

De acordo com os princípios e as melhores práticas internacionais de disseminação de estatísticas oficiais, o IBGE divulgou ontem, 28/11/2011, o detalhamento das alterações na estrutura de ponderação dos índices de preços em sua página na internet, por meio da nota intitulada “Nota técnica do SNIPC - Atualização das estruturas de ponderação a partir da POF 2008-2009”.
Importante realçar que, já no dia 28/09/2011, o IBGE divulgou a nota “Janeiro de 2012 - IPCA e INPC terão estruturas de pesos atualizadas”, em que informa que as novas estruturas de gastos de consumo estariam disponíveis na última semana de novembro deste ano. O mesmo anúncio foi feito, também, pela Coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes, aos jornalistas presentes à entrevista coletiva quando da divulgação do IPCA/ INPC de setembro, em 7/10/2011. Na ocasião foram prestados todos os esclarecimentos solicitados pela mídia sobre o assunto.
Quanto às alterações da estrutura de consumo das famílias brasileiras, estas foram apresentadas na divulgação dos resultados da POF 2008-2009, em 23/06/2010, valendo destacar o caso da redução do peso do grupo Educação nos orçamentos familiares, que passou de 4,1% em 2002-2003 para 3.0% em 2008-2009. No entanto, como o IBGE não faz previsão a respeito de resultados, não há o que comentar a respeito do que ocorrerá a partir de janeiro de 2012 com os índices de preços.
As mudanças nas estruturas de ponderação são parte dos procedimentos regulares de atualização dos índices de preço ao consumidor adotados pelos produtores de índices. O IBGE tem adotado este procedimento sistematicamente, a exemplo da incorporação dos resultados da POF 2002-2003 realizada em julho de 2006 e anunciada em dezembro de 2005. Procedimento similar ao atual e anunciado em 2011 em três ocasiões distintas.
Mais uma vez, o IBGE coloca-se à inteira disposição da mídia e da sociedade em geral, para prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários sobre esse assunto, seguindo os princípios de transparência, imparcialidade e igualdade de acesso que sempre nortearam sua atuação.

Pesquisa de Orçamentos Familiares
Obtém informações gerais sobre domicílios, famílias e pessoas, hábitos de consumo, despesas e recebimentos das famílias pesquisadas, tendo como unidade de coleta os domicílios. Atualiza a cesta básica de consumo e obtém novas estruturas de ponderação para os índices de preços que compõem o Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor do IBGE e de outras instituições.

Fonte: IBGE, 29 de novembro de 2011 
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