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05 novembro 2011

Peru: parece que já vimos esse filme antes


O presidente Ollanta Humala completa cem dias de presidência. Seu governo combina uma equipe econômica ortodoxa e a esquerda cuidando da área social.
Parece familiar?



Fonte:

Humala completa sus primeros 100 días de gobierno con una aprobación del 60 por ciento

El presidente del Perú completó su "luna de miel" con una imagen positiva muy superior al promedio histórico de los últimos mandatarios. La mayoría de los analistas opina, sin embargo, que Perú todavía se debe acostumbrar a un estilo de gobierno caracterizado por el bajo perfil del presidente y por la acción de un gabinete heterogéneo en el que se alternan liberales ortodoxos en áreas económicas con militantes izquierdistas en las áreas sociales.


 
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Um comentário:

  1. Realmente, o 'Lulismo' tornou-se a principal vertente política latino-americana.

    Seu grande mérito consiste combinar crescimento com estabilidade econômica, melhor distribuição de renda, gerando conquistas sociais significativas para os assalariados e para os mais pobres, com espeito às leis e às instituições democráticas.

    E tudo isso é feito sem que promovam mudanças de caráter revolucionário na sociedade a curto prazo.

    Porém, a somatória destas mudanças, moderadas, gera transformações significativas na sociedade no médio e longo prazo e representam, na prática, uma transferência de poder econômico e político para as camadas mais pobres da população, bem como a retomada de um projeto de desenvolvimento econômico e social com maior participação do Estado.

    Tais mudanças são realizadas sem que se rompa totalmente com a economia globalizada. Mas a política externa é redirecionada no sentido de se fortalecer as conexões com os países emergentes, diminuindo consideravelmente a dependência em relação aos países ricos.

    Ao mesmo tempo, aumenta-se a intervenção do Estado na economia, reestatizando-se algumas empresas, criando-se novas estatais ou fortalecendo-se as existentes, como Lula fez no Brasil com a Petrobras, o BB, a CEF e o BNDES, por exemplo.

    Outra política consiste em criar grandes grupos empresariais privados de capital national, com significativa participação estatal. Foi assim, no Brasil, com o governo formando novos 'campeões nacionais' em setores como frigoríficos (JBS e Marfrig), petroquímica (Braskem) e telecomunicações (Oi), por exemplo.

    A participação de bancos públicos na oferta de crédito também teve um crescimento significativo no governo Lula, passando a representar 48% da oferta total.

    Os gastos sociais federais passaram de 7,3% do PIB para 10,5%, enquanto os gastos com juros foram reduzidos de 7,5% para 5,3% do PIB.

    No momento de combater os efeitos da crise do capitalismo desenvolvido, o governo Lula adotou, também, uma outra lógica, reduzindo impostos, aumentando salários, diminuindo os juros, elevando os gastos e os investimentos públicos, adotando uma clara política anti-ciclíca de caráter keynesiano.

    Resumindo: o 'Lulismo' é uma mistura de Trabalhismo Nacionalista modernizado, New Deal e Keynesianismo.

    O sucesso desta receita pode ser conferida na geração de 17 milhões de empregos formais desde 2003, na inclusão de 50 milhões de pessoas no mercado consumidor, na redução da pobreza e da miséria, no controle da inflação, na redução da dívida pública e do déficit público.

    Tudo isso ajuda a explicar a crescente influência do 'lulismo' pela América Latina, América do Sul em especial.

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