O Brasil tem deixado distantes as transições nas quais os presidentes saíam pela porta dos fundos (no caso dos golpes) ou sequer compareciam à posse do sucessor. Uma nova trajetória aos poucos se consolida.
A análise a seguir é do cientista político e professor Leonardo Barreto, extraída do seu blog, Casa de Política.
Formação do gabinete ministerial
Leonardo Barreto, 25 Novembro 2010.
É interessante observar como alguns processos políticos vão se institucionalizando e se tornando "novas" tradições no Brasil. A formação do primeiro ministério Dilma é um exemplo: parece haver três grupos de ministros/autoridades que são escolhidos a partir de critérios distintos.
O grupo 1 seria o dos ministérios e outros órgãos de gestão econômica: Fazenda, Planejamento, BACEN, BNDES, Tesouro e Receita. Eles não entram na negociação dos partidos e a lógica técncia se sobrepõe à lógica política. O mercado também é ouvido.
O grupo 2 é o dos ministérios de articuação política e assessoramento pessoal da presidenta: Casa Civil, Relações Institucionais, Justiça e Secretaria da Presidência. O que conta aí é a confiança pessoal de Dilma. Também não entram na "rifa" dos partidos aliados.
Por fim, o grupo 3 compreende os ministérios negociados com a base aliada. Sua distribuição é fundamental para a formação da base de governo. Cidades, Saúde, etc... . Esses são os que Dilma ainda precisa nomear. Fará isso em conjunto com sua articulação política, as bancadas congressuais e os presidentes e líderes de partidos aliados.
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